quarta-feira, 28 de maio de 2014

EVENTO FILOSOFIA EM CENA




APRESENTA:



DATA: 04/06
LOCAL: ANFITEATRO DA BIBLIOTECA DA UCDB
HORÁRIO: 19:30
APÓS O FILME, HAVERÁ UMA DISCUSSÃO SOBRE O MESMO

TODOS ESTÃO CONVIDADOS!

terça-feira, 13 de maio de 2014

SÍNTESE DOS DOIS PRIMEIROS CAPÍTULOS DE "O CINEMA PENSA"

CABRERA, Julio. O cinema pensa. Uma introdução à filosofia através dos filmes. Rio de Janeiro: Rocco, 2006, pp.15-48.

IDEIAS CENTRAIS

CAP I – PENSADORES PÁTICOS E PENSADORES APÁTICOS DIANTE DO SURGIMENTO DO CINEMA

F Surgimento de linhas de pensamento que mudaram o modo de compreensão da racionalidade humana: influência do cinema sobre a filosofia.
F Correntes: Schopenhauer, Nietzsche e Heidegger.
F Mudança: problematizam a racionalidade puramente lógica (logos) como o único modo de acesso a realidade, de modo a incluir, no processo de compreensão do real, um elemento afetivo (ou pático).
F Os “filósofos páticos” ou “cinematográficos": não se limitaram a tematizar o componente afetivo, mas o incluíram na racionalidade como um elemento essencial de acesso ao mundo.
F O pathos, juntamente com o logos, passa a ser condição de possibilidade para o conhecimento.
F Há, portanto, um elemento experiencial (não empírico) na apropriação de um problema filosófico que torna sensível os problemas filosóficos.
F Cabrera questiona se o modo tradicional de fazer filosofia (o modo da literatura) seria o único no que tange à produção filosófica e se questiona se não há outros modos, como a imagem.
F Parece não haver incompatibilidade entre o modo de fazer filosofia e uma apresentação imagética de questões filosófica, pois o que caracteriza o saber filosófico é sua radicalidade no questionar e seu caráter abrangente de suas considerações.
F O cinema: conseguiria dar sentido cognitivo ao que os filósofos disseram em forma de literatura numa linguagem “logopática”, ou seja, os aspectos emocionais (experienciais) não desalojam o racional, mas redefine-o.
F Cabrera tenta fazer um paralelo entre a linguagem particular do cinema e o conceito de Serenidade de Heidegger, ou seja, uma forma de captar o mundo que promove como a poesia uma atitude fundamental diante do mundo.
F A um correlato entre cinema e filosofia no aspecto que ambos são conceitos em aberto, ou seja, há uma necessidade constante e dinâmica de redefinição.  

CAP II – CONCEITOS-IMAGEM

F Para os “filósofos cinematográficos” ou “páticos”:
a) o modo de compreensão do real não se dá numa linguagem logicamente articulada, mas a partir de uma linguagem logopática, ou seja, devem ser ditas numa linguagem que apresente-o sensivelmente.
b) a linguagem logopática provoca algum tipo de impacto em quem entra em contato com ela.
c) o impacto sensivelmente apresentado pela linguagem logopática oferecem certas realidades que possuem pretensões de verdade universal, não caindo em meras impressões psicológicas. Ao contrário, dizem de experiências existenciais fundamentais ligadas à condição humana.
F Assim o cinema visto sob a perspectiva da linguagem logopática se dá em “conceitos-imagem”.
F1. Um conceito-imagem: é instaurado e funciona no contexto de uma experiência que é preciso ter para que se possa entender e utilizar esse conceito. É um conceito oriundo de um certo tipo de experiência a qual deixa-se afetar pela vivência de algo.
F 2. Um conceito-imagem: é produzido em alguém por meio de um impacto emocional que revela algo sobre o mundo, o ser humano, a natureza, etc.
F 3. Um conceito-imagem: diz de algo com pretensão de verdade e universalidade.
F 4. Um conceito-imagem: pode ser identificado em partes ou no filme como um todo, contudo necessitam ser instalados em um desenvolvimento temporal e, por isso, não são pontuais.
F 5. Um conceito-imagem: pode ser literal às imagens mostradas no filme ou desenvolvidos mediante abstração das imagens.
F 6. Um conceito-imagem: não são categorias estéticas nem possui a finalidade de classificar em “bom” ou “ruim”, “belo” ou “feio”, etc.
F 7. Um conceito-imagem: não é exclusivo do cinema, mas podem ser encontrados na literatura, sobretudo, nos filósofos páticos. O cinema apenas potencializa as possibilidades da literatura.

F 8, Um conceito-imagem: propõe soluções lógicas, epistêmicas e moralmente abertas e problemáticas.